sábado, 2 de julho de 2011

Chupeta: Mocinha ou bandida?




Atualmente, a chupeta é uma peça que faz parte do enxoval de todo bebê. As diferentes marcas, formas, cores e desenhos tem despertado uma atração irresistível para o consumo das mamães, mas, ao mesmo tempo, confundem no momento da escolha. Criticada por uns e indicada por outros, seria a chupeta uma verdadeira vilã ou uma simples mocinha?
A resposta para essa pergunta dependerá de qual é a sua frequência, intensidade e duração de uso. Se for usada frequentemente ou por um período prolongado, determinará a instalação do hábito e poderá prejudicar a amamentação materna, causar mau posicionamento dos dentes, desvio no crescimento dos maxilares e alterações na deglutição e fonação. Porém, se for utilizada racionalmente, poderá estimular a atividade muscular e ter influência benéfica na saúde oral do bebê e no desenvolvimento dos arcos osteodentários, sem interferir na atividade de sucção nutritiva.
No ciclo natural evolutivo do bebê de zero a seis meses ele deve respirar bem, sugar e deglutir. A sucção é um impulso presente desde o nascimento e servirá de treinamento para o segundo reflexo da alimentação, a mastigação. A sucção não visa somente a nutrição, mas também a satisfação psico-emocional de forma que cada bebê apresenta a sua necessidade individual de sucção que pode não ser satisfeita apenas com o aleitamento natural. Dessa forma, quando isso ocorre, a chupeta deverá ser usada racionalmente. Não deve ser oferecida a qualquer sinal de desconforto, para acalmar o choro provocado por outros fatores, nem entendida como artefato para apoio emocional ou uma forma de lazer para a criança, substituindo-a pela atenção dos pais. Jamais poderá ser abandonada com a criança, e não se recomenda que o bebê durma todo o tempo com a chupeta, devido a necessidade de manter a boca fechada enquanto dorme para criar uma memória muscular de contato entre os lábios e favorecer a correta respiração pelo nariz.

Guia Completo de Saúde Bucal

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